Gostaria de voltar aos primeiros passos.
Sentir novamente aquele friozinho na barriga devido a novidade. Sensação essa que percorria cada pedacinho do meu corpo, pequenininho.
Tudo o que importava era dar o passo. Aquele primeiro passo. E tudo mudaria. Poderia correr, ser livre. Não precisaria mais de alguém para segurar minhas mãos, seria dona do meu próprio rumo. Não havia medo, somente uma pitada de ansiedade. Não passava pelos pensamentos a possibilidade de queda. Tudo o que imaginava era o que viria a partir daquele passo, um simples passo.
Crescer traz tantas coisas boas, mas também carrega consigo sentimentos novos que nunca tivemos e, ao refletir, preferiríamos nunca tê-los ganho. O medo, é um deles. Antes tudo era simples e sempre esperávamos pelo final feliz ao final de uma história de contos de fadas. Hoje, quando precisamos dar o primeiro passo, exitamos. O foco tornou-se a queda e não a felicidade que poderia brotar a partir do risco, de um passo.
Temos medo do que aguarda ali, logo na esquina. E acreditamos, muitas vezes, ser a desistência a melhor resposta. Não digo não à cautela. Mas digo sim a possibilidade de, como quando criança, alcançar novos voos. By: Beatriz Amorim